O Sistema de Ancoragem Química realiza a mistura de dois componentes para que através de reações químicas, uma massa homogênea seja criada. Muito utilizado para aplicações de altas cargas e na fixação de elementos de aço e/ou estruturas em concreto, o sistema de ancoragem também pode ser utilizado em alvenaria.
Gerado a partir de componentes e soluções químicas, o sistema resulta em uma ligação ainda mais forte do que o material de base em si, desta forma, a sua aplicação não gera tensões sob o material base, possibilitando fixações mais próximas da borda e entre fixadores.
Mesmo com variações diversificadas de sistemas no mercado, todos eles operam utilizando o mesmo princípio básico: a introdução da resina através da mistura de um segundo componente para iniciar o processo de cura química.
Os principais sistemas de ancoragem química são:
Injeção
O sistema de injeção de alta resistência é formado por um cartucho, bico misturador e aplicador. Ele é utilizado com vergalhões ou barras roscadas para aplicações em materiais maciços como: concreto, bases ocas e rocha.
Quando existe a necessidade de suporte de cargas elevadas em ambientes ocos, o sistema de injeção utiliza resinas bicomponentes com características tixotrópicas, ou seja, não escorre. A sua introdução acontece em camisas plásticas que, em bases ocas, proporcionam a acomodação no lado oposto do material base, gerando um ponto de ancoragem.
Ampola
As Ampolas são cápsulas de vidros selados, compostas de resina e endurecedores em sua exata proporção, com o objetivo de executar a fixação de componentes em materiais de base maciços como rocha e concreto.
Utilizada para cargas dinâmicas e altas cargas em concreto, menores espaçamentos entre fixações e reduzidas distâncias da borda, a sua aplicação acontece de maneira rápida, limpa, fácil e ágil. Permite a possibilidade de composição para diferentes aplicações, além de poder ser aplicado em locais úmidos e submersos.
Ampola x Injeção
Para determinar qual dos tipos de ancoragem química você deve utilizar, é necessário atentar-se as particularidades do projeto.
As definições entre utilizar-se de sistemas de injeção ou ampola, podem ser analisadas a partir de alguns critérios, como:
• Sentido da aplicação;
• Carga de trabalho;
• Dinâmica de aplicação;
• Quantidade de aplicações;
• Condições do substrato.
Os chumbadores de injeção proporcionam maior dinâmica em aplicações em série e com angulações diferentes (fixações no teto ou na parede em ângulos desfavoráveis).
No caso do uso do sistema de ampola, o seu desempenho é mais efetivo em aplicações onde exista a necessidade de um maior intervalo de tempo entre a realização das ancoragens e em situações que demandam aplicações pontuais, pois a quantidade de ampola é proporcional a quantidade de furo a ser executado.