Como funciona o processo de reparação de pintura automotiva?

O carro é um dos nossos principais meios de transporte, isso significa que ao decorrer do tempo, ficamos suscetíveis as batidas, arranhões, remoção da pintura automotiva ou qualquer outro tipo de acidente. Quando esses casos acontecem, iniciamos a nossa incessante busca para encontrar um profissional adequado para realizar os consertos, de preferência em pouco tempo e oferecendo máxima qualidade.

Os mecânicos são acionados e entregamos o nosso automóvel para que as reparações sejam efetuadas. Imagine que o seu carro precisará passar por um processo de reparação de pintura automotiva, por exemplo, que é um dos reparos mais realizados.

Apesar de você confiar muito no profissional, não cuta nada você saber como é feito esse procedimento de reparação, para avaliar o reparo. Não é somente aplicar uma camada de tinta, existem muitos outros fatores envolvidos que precisamos falar sobre.

Preparamos um guia exclusivo para que você entenda um pouco mais sobre cada etapa do conserto que vai deixar o seu carro em perfeito estado novamente.

Separamos todo o mecanismo de reparação automotivo em 10 tópicos, sendo:

1 – Identificar qual área será reparada;
2 – Fazer o lixamento e nivelamento inicial;
3 – Preparar e aplicar a massa;
4 – Lixar para nivelar a superfície;
5 – Fazer o mascaramento do automóvel;
6 – Produtos utilizados;
7 – Lixamento do Primer;
8 – Aplicação da tinta e do verniz;
9 – Realização do polímetro;
10 – Polimento de corte e lustro.

Agora que você já tem uma noção básica do que esse procedimento abrange, vamos nos aprofundar mais no assunto?

Processo de reparação de pintura automotiva:

Continue acompanhando o material abaixo.

Etapa 1: Identificar qual área será reparada

Antes de iniciar a reparação de pintura do seu veículo, é preciso identificar quais serão os locais que serão “reformados”, visualizando o tamanho do dano a ser reparado e analisando tudo com bastante cuidado.

Depois de ter demarcado a área, é preciso desamassar a peça utilizando as ferramentas adequadas para a atividade.

Em seguida o processo parte para o desbaste da área em que a pintura será removida, deixando a chapa livre de materiais, para dar início as aplicações que vem em seguida.

A remoção da pintura pode acontecer de duas maneiras: química ou mecânica, em que os usuários utilizam lixas.  

A remoção química diminui o esforço físico, aumenta o índice de produtividade e ainda é capaz de reduzir o consumo de insumos. 

Outras vantagens de utilizar esse processo, é que ele não escorre quando aplicado na vertical, é fácil de manusear e também não agride a chapa.

Etapa 2: Fazer o lixamento e o nivelamento inicial

A segunda etapa dá início ao lixamento do local para facilitar a aderência da massa! Após o lixamento, é preciso retirar o excesso de pó e limpar a superfície com uma solução desengraxante para descontaminar a área e remover todo o resíduo de pó e oleosidade do local.

É indicado utilizar uma solução desengraxante que realize todo o processo de limpeza sem agredir ou danificar as superfícies.

O procedimento de aplicação nessa etapa é bem fácil e prático, basta usar um pano de microfibra úmido com o produto e aplicá-lo em um único sentido e depois utilizar um outro pano seco para retirar o excesso do material. 

A solução desengraxante não deve ser aplicada em superfícies quentes ou sob o sol para não danificar a superfície. 

Por que utilizar a solução desengraxante? A limpeza com a solução elimina os resíduos, reduz o risco de falta de aderência, oferece maior qualidade no reparo e ainda não agride a pintura do veículo.

Etapa 3: Preparar e aplicar a massa

Depois da limpeza, acontece a etapa de escolha e preparo da massa que será utilizada na área danificada. 

A massa é capaz de nivelar e corrigir imperfeições, evitando a substituição de peças e reduzindo os custos dos reparos, gerando maior produtividade, aspecto consistente e boa uniformidade e enchimento.

Para aplicá-la os profissionais devem abrir a embalagem com cuidado e com o auxílio de uma espátula, misturando-a e retirando toda a quantidade desejada.

A recomendação é de que a cada 100g de massa, o usuário acrescente de 1 a 3g de catalisador pastoso e fazendo a mistura do material até que o mesmo atinja a sua cor uniforme.

É importante lembrar que antes de adicionar o catalisador, o mesmo deve ser misturado na bisnaga, antes de ser adicionado sobre a massa.

Ao aplicar a massa, os profissionais utilizam um aplicador de massa ou aplicador celuloide, como é conhecido em muitos lugares, exercendo maior pressão para proporcionar a aderência certa do produto e facilitar a próxima camada de enchimento.

Etapa 4: Lixar para nivelar a superfície

Depois que a massa é aplicada, é preciso realizar o lixamento do local para que a superfície seja nivelada, utilizando um taco rígido com lixa e controlar a lixação para obter melhor visualização.

Para obter resultados satisfatórios na lixação, é preciso ir lixando conforme o formato da peça, exercendo uma pressão moderada para não danificar a superfície.

Além disso, para não perder muito tempo de trabalho, as ferramentas elétricas roto orbitais tornam-se excelentes aliadas para o lixamento das peças.

Agora os profissionais devem lixar ao redor da massa, preparando a peça a próxima etapa do processo. 

Aqui, a limpeza citada no 2 tópico deverá ser aplicada novamente.   

Etapa 5: Fazer o mascaramento do automóvel

Para evitar a perda de tempo com limpezas desnecessárias em áreas que não necessitam de reparos, esta parte implica em isolar os locais utilizando a técnica de mascaramento.

Trata-se de um isolamento que pode ser feito com papel, plástico ou líquido de mascaramento.

Mais uma vez repita o procedimento de limpeza citado no passo 2.

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Etapa 6: Produtos utilizados

Agora que o preparo já foi feito e houve o mascaramento, chegou o momento de escolher o tipo de pistola, o bico e a regulagem ideal para que a aplicação seja realizada com sucesso. 

Nessa etapa, o objetivo principal é promover a aderência da superfície, preparando-a para receber a tinta.

Depois de escolher os seus produtos e a sua pistola, lembre-se de regular o leque, a vazão e a pressão no manômetro. Faça também o teste para verificar o leque antes de iniciar o procedimento.

Posteriormente, a área a ser reparada é isolada, aplicando um dos primers escolhidos, preparando o produto respeitando a sua catálise e diluição.

São necessárias de duas a três aplicações do primer (produto desenvolvido para ser aplicado por cima da massa para que posteriormente, a pintura possa ser aplicada), contanto que haja um intervalo de pelo menos 5 minutos entre elas. 

Em seguida, é preciso realizar a aplicação de abertura na área lixada e finalizar, aguardando o tempo estimado de secagem.

Etapa 7: Lixamento do primer

A etapa 7 do processo de reparação de pintura automotiva busca facilitar a visualização através da aplicação do controle de lixamento, já que ele é capaz de revelar quais são os pontos que ainda faltam ser lixados.

Utilizando um taco rígido e uma lixa, os profissionais realizarão o lixamento manual para dar início ao nivelamento, seguindo sempre o mesmo sentido e formato da peça.

Para finalizar essa etapa, com o auxílio da roto-orbital, utilizam lixas para nivelamento, acabamento e finalização, com o propósito de dar um melhor acabamento à peça, reduzindo as marcas de lixamento.

Etapa 8: Aplicação da tinta e do verniz

O processo já está chegando ao fim, mas antes, para aplicar a tinta e o verniz, será preciso trocar o mascaramento, isolando novamente toda a área que não será pintada com bastante cautela para não manchar.

Depois de colocar o mascaramento, é preciso desengraxar o local, selecionando a pistola para aplicar a tinta e o verniz. 

Novamente, é importante regular o leque, vazão e pressão da pistola, aplicando a base sobre o primer, respeitando o intervalo de tempo entre as aplicações.

Para proporcionar brilho e proteção, os profissionais utilizam vernizes, respeitando a catálise e quando é necessário, a diluição do produto.

Nessa etapa, as atividades devem ser exercidas com muito cuidado, como observar a textura da pintura do veículo, para que a nova repintura obtenha o mesmo acabamento, por exemplo. 

Aplicar o produto de duas a três vezes é suficiente, sempre respeitando o intervalo de 5 a 10 minutos entre as aplicações (lembrando que essa medida pode variar de acordo com a temperatura do ambiente).

Etapa 9: Realização do polimento

Antes de encerrar o processo de reparação, é preciso observar a pintura, a textura do verniz após secagem e a analisar se existe a presença de impurezas no local.

Caso o usuário perceba que existe alguma diferença nos aspectos citados acima, será preciso fazer a correção da textura e a remoção das impurezas. 

Ao identificar tais diferenças, basta utilizar uma lixa e um taco rígido para remover os pontos altos (ciscos ou sujeiras que caíram no verniz) e fazer o lixamento no restante da peça, utilizando um taco macio.

Lembrando que o lixamento tanto manual quanto utilizando máquinas elétricas, deve ser feito sempre em um único sentido, até que o verniz fique completamente fosco.

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Etapa 10: Polimento de corte e lustro

Na última etapa do processo, será iniciada uma operação de polimento com o auxílio de alguns produtos.

A melhor solução é sempre optar por produtos a base d’água para eliminar possíveis marcas de lixamento, trabalhando sempre em pequenas áreas. 

Já se o intuito for realizar o polimento com uma máquina, será necessário utilizar uma politriz com uma boina de lã branca.

Feito isso, agora com a politriz desligada, o produto deverá ser totalmente espalhado sobre as áreas necessárias. 

Depois de ter feito isso, será necessário utilizar a politriz exercendo pressão moderada na área lixada, com movimentos de vai e vem por todo o local. Posteriormente, já será notável o brilho da pintura.

Após realizar o primeiro corte com a boina de lã, o usuário efetuará outro mais leve com o auxílio de uma boina amarela para minimizar as marcas e finalizará a atividade limpando a peça com um pano de microfibra.

A etapa de lustro será feita a partir de produtos de sua escolha com o intuito de intensificar ainda mais o brilho do verniz.

Com o uso de uma politriz com uma boina mais macia ou realizando a atividade manualmente mesmo, o processo será finalizado com um produto que ofereça o melhor acabamento da peça. 

*Todas as informações foram retiradas do e-book desenvolvido pela marca Maxi Rubber.

E aí, conseguiu entender um pouco de como acontece o processo de reparação de pintura automotiva? É assim que o seu veículo fica novinho em folha!

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Beatriz Approbato

Meu nome é Beatriz Approbato, sou jornalista, redatora e apaixonada por comunicação. Escrevo sobre ferramentas desde 2017 e me sinto cada vez mais empoderada ao utilizá-las no dia a dia. Espero que você aproveite os conteúdos do blog! :)

Este post tem 4 comentários

    1. Beatriz Approbato

      Oi Vania, tudo bem?
      Que bacana o seu comentário!
      Muito obrigada pelo feedback. Fique à vontade para sugerir temas que gostaria de ler por aqui, tá?
      Espero ler mais sobre suas opiniões!
      Até mais! 🙂

  1. Edson Costa

    Gostei muito do Blog, vocês têm alguma rede social para divulgação dos artigos? Seria muito legal se eu pudesse pegar o link de assuntos por lá.

  2. juliano

    oi. gostei muito do seu site, vou verificar toda semana as atualizações.Obrigado

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