4 defeitos que podem acontecer no processo MIG/MAG e suas soluções!

Os defeitos perseguem todos os tipos de processos de soldagem! Entretanto alguns incomodam e impactam mais do que outros.

Além disso para que a soldagem seja realizada com alta qualidade, os defeitos não podem fazer parte dessa lista, ou melhor, da peça base utilizada, né?

Como evitar defeitos que podem acontecer no processo de soldagem MIG/MAG.
Processo de soldagem MIG/MAG.

Pensando nisso, listamos 4 defeitos que podem surgir durante os processos de soldagem MIG/MAG e quais poderão ser as suas possíveis soluções para te ajudar a não virar refém dessas imperfeições.

Leia o conteúdo abaixo:

Defeito: falta de fusão ou penetração

Quando a fusão não ocorre de maneira homogênea ou mesmo a penetração adequada entre as partes soldadas, a resistência da solda diminui e atua como pontos de início de trincas quando a peça está em serviço. 

O principal motivo para isso ocorrer, é a preparação inadequada da junta.

Possíveis soluções:

Para que esse defeito seja evitado durante o processo, é preciso verificar o chanfro, ou seja, aumentar a abertura da raiz, reduzir a face da raiz e/ou aumentar o ângulo do chanfro.

Defeito: porosidade

A porosidade pode ser causada por uma série de motivos, entre elas a falta de proteção ou proteção inadequada de gás, ângulo inadequado da tocha, chapa suja ou enferrujada e arame de solda sujo ou oxidado.

Além dos motivos citados acima, a porosidade também acontece pela corrente de ar junto à peça a ser soldada, pela vazão elevada do gás, pela velocidade de soldagem muito alta ou pelo conduíte do arame sujo e/ou bocal com respingos.

Possíveis soluções:

Para evitar que a porosidade corrompa a sua peça, basta:

  • Aumentar ou reduzir a vazão de gás e verifique se existe algum vazamento de gás;
  • Centralizar o bico de contato no bocal da tocha;
  • Trocar o bocal da tocha se estiver danificado;
  • Limpar as superfícies a serem soldadas e utilizar a escova de aço para remover ferrugem e solvente para remover óleo, graxa ou tinta;
  • Mudar o ângulo da tocha para melhorar a proteção do gás;
  • Manter a poça de solda fundida por mais tempo, permitindo com que os escapem antes que a solda solidifique;
  • Manter o arame protegido de umidade, respingos de solda e poeira. 

Defeito: excesso de respingos

Quando existe excesso de respingos, o acabamento do cordão fica prejudicado e irregular, embora a resistência da solda não seja tão afetada assim. 

Esse defeito é provocado pela alta tensão (voltagem), pela grande distância da toça à peça, por chapas sujas, enferrujadas ou pintadas, pela vazão do gás (causa turbulência na poça de solda) ou pela indutância da máquina de solda.

Possíveis soluções:

Para evitar o excesso de respingos, é preciso:

  • Reduzir o valor da tensão e trabalhar com arco curto;
  • Soldar com a tocha mais próxima da peça;
  • Remover a ferrugem, óleo, graxa ou tinta;
  • Reduzir a vazão do gás;
  • Se estiver soldando com transferência tipo curto-circuito, aumente a indutância na máquina de solda.

Defeito: trincas na solda

Durante o processo de soldagem podem surgir muitos tipos de trincas. Algumas delas até são visíveis, porém outras não.

Mesmo quando podemos enxergá-las ou não, é importante saber que todas as trincas são consideradas potencialmente sérias e devem ser evitadas ou reparadas, já que podem se propagar, causando a quebra da peça. 

As trincas são defeitos provocados pelo alto teor de carbono ou enxofre no metal base, pelo cordão de solda côncavo com velocidade de soldagem muito alta, junta muito rígida, além da trinca de cratera ocorrer quando no final do cordão, o arco for fechado muito rapidamente.

Possíveis soluções:

Para evitar as trincas na solda:

  • No final do cordão, retorne ou pare o deslocamento para encher adequadamente a cratera de solda;
  • Preaqueça a peça se o teor de carbono no metal base for elevado;
  • Reduza a penetração, usando baixa corrente de soldagem (utilize baixa velocidade de alimentação do arame ou arames de menor bitola);
  • Mude a velocidade de soldagem ou o tipo de gás de proteção para obter um cordão mais plano;
  • Reduza a velocidade de soldagem;
  • Preaqueça a peça;
  • Melhore a montagem de forma que o metal base dilate e contraia livremente;
  • Use chanfro mais aberto.

*Todas as informações foram retiradas das apostilas técnicas da Balmer.

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Beatriz Approbato

Meu nome é Beatriz Approbato, sou jornalista, redatora e apaixonada por comunicação. Escrevo sobre ferramentas desde 2017 e me sinto cada vez mais empoderada ao utilizá-las no dia a dia. Espero que você aproveite os conteúdos do blog! :)

Este post tem 2 comentários

  1. Alexandre Aguiar

    Agradeço pelo Conteúdo!

    1. Beatriz Approbato

      Oi Alexandre!
      Muito obrigada pelo feedback 🙂

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